segunda-feira, 14 de junho de 2010

No mundo de lá.


Henri Wallon, em sua teoria de desenvolvimento, afirma que a evolução fez do homem um ser genéticamente social. A gênese da inteligência é, portanto, biológica e social; a nossa estrutura orgânica supõe a intervenção da cultura. Dessa forma, para Wallon, o desenvolvimento da criança aparece como resultado de amadurecimento fisiológico e condições ambientais, sendo os dois elementos indissociáveis.
A idéia de desenvolvimento concebida por Wallon sempre falou a mim de uma forma próxima, muito familiar. Mesmo nos primeiros passos como aluna de Psicologia, esta concepção de homem genéticamente social fazia muito sentido. Agora, ao me aproximar rapidamente da conclusão do curso, carrego com muito carinho as primeiras leituras de Wallon e percebo o quanto esta concepção permeia a minha formação - e como serviu de guia para a minha experiência profissional.
Me sinto privilegiada, pois o meu primeiro contato com Psicologia Escolar foi primeiramente prático; antes que pudesse aprender formalmente sobre o tema, surgiu uma oportunidade de estágio em uma escola particular no DF. Fui trabalhar despida de qualquer racionalização teória: o saber veio das frustrações, das dúvidas, das inquietações, da convivência e supervisão de quem já era do ramo. Quando pintava uma dúvida, era para os livros que eu corria, para o estudo solitário. Era para acertar a prática que ia buscar teorias, filosofias, estudos, simpatias de boa-sorte (risos). Enfim, buscava saberes para dar conta da demanda diária.
Agora com essa experiência terminada, venho para a sala de aula à procura de novos significados. E de novas perguntas também, por quê não? Encerro lembrando que Wallon também afirmava que os conflitos são as molas propulsoras do desenvolvimento - sem ele, não há crescimento e nem aprendizagem.


Bem-vindo ao meu Blog-Portfólio. Meu diário de bordo nas desventuras teóricas no mundo da Psicologia Escolar.

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